Autor: Darci Garçon
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O sucesso na vida e no trabalho não acontece por acaso. É claro que há exceções, ou seja, pessoas que chegaram aos píncaros da glória com pouco esforço e muita sorte. Mas essa não é a regra geral.

De qualquer forma, para ter sucesso na carreira profissional precisamos ser bons em alguma coisa e, para conseguir isto, devemos levar em conta requisitos indispensáveis, todos eles formatados segundo a influência que recebemos em casa e no ambiente em que vivemos ao longo de nossas vidas.

O primeiro deles diz respeito à formação educacional, ao conhecimento. Ter sido um bom aluno nas escolas e aproveitado da melhor forma esse período se tornará um marco divisório na vida e na carreira. Mas não para por aí. Com o passar dos tempos a participação frequente em cursos de aperfeiçoamento e de atualização relacionados ao tipo de trabalho escolhido ou à profissão em exercício, dará grande ajuda pois assim a pessoa não se tornará obsoleta diante das qualificações impostas pelas empresas.

Em seguida virá um atributo complementar, mas tão importante quanto a educação. Diz respeito a atitudes ou posturas incorporadas ao longo dos anos na convivência com a família e com os amigos, que se constituem nas chamadas competências pessoais. Um profissional seguro, com conteúdo, bom argumentador, transparente, comunicativo, solidário, sem sinais de vaidade, arrogância, prolixidade comporta-se de maneira a possibilitar a empatia. Empatia conduz à reputação que, por sua vez, facilitará a constituição de uma rede de relacionamento, dentro e fora do trabalho, que será útil em diferentes circunstâncias. Compreendo que é difícil ser humilde quando se é brilhante, mas nem pensar em se tornar um psicopata corporativo como muitos que existem por aí…

O último dos requisitos diz respeito a habilidades. Ter total domínio sobre processos e procedimentos das tarefas sob responsabilidade contribuirá para a execução eficaz das atividades e sucesso nos resultados esperados pela empresa, sem nunca se esquecer de uma expressão japonesa que todos conhecem: “fazer certo a primeira vez”.

Contudo, isso tudo ainda não é o suficiente. Com certeza, para ter sucesso na vida e na profissão, não basta estar super afinado com tudo que diz respeito a conhecimento, habilidades e atitudes, o antiquíssimo CHA, no qual nos inspiramos para redigir estas linhas. Há um outro atributo complementar que estamos colocando na base da pirâmide do CHA e que tem importância decisiva na vida de qualquer ser humano, chamado de força de vontade.

Segundo Charles Duhigg*, força de vontade é um atributo indispensável a qualquer ser humano enquanto vivo. Ele é um dos responsáveis pelo sucesso tanto na vida pessoal como na profissional. Uma pessoa que tem força de vontade tem fé, é dotado de garra e de autodisciplina. Tem objetivos e se desdobra para atingi-los.

Ainda segundo Duhigg,, a força de vontade é uma habilidade que pode ser aprendida ou que pode ser ensinada e, em muitas situações, deve tornar-se um hábito. Vamos a um exemplo corriqueiro: para abandonar o sedentarismo é preciso deixar a preguiça de lado e ter uma agenda de exercícios físicos, caminhadas ou de corridas que deve ser cumprida com garra e disciplina não importando se está frio ou chovendo lá fora. A agenda dessa atividade deve ser executada à custa de qualquer sacrifício.

Outro exemplo: busca de emprego. Nos tempos atuais, com índice de desemprego batendo recordes, nada cairá do céu e poucos terão o privilégio de receber, na zona do conforto, várias propostas de trabalho. Dessa forma será preciso correr atrás de oportunidades de maneira organizada e disciplinada. Para isso, a força de vontade terá de ser posta em prática e será a grande impulsionadora da criação de oportunidades.

Apesar da obviedade, não custa acrescentar que a força de vontade deve tornar-se um hábito mesmo porque ela será importante para muitas outras situações. Por exemplo, consideremos o caso de pessoas que estão em transição de carreira ou mesmo outras que não têm como preencher o seu tempo com alguma atividade útil ou produtiva. Essas pessoas têm à sua disposição um inconveniente extremamente desagradável chamado tempo ocioso e, como consequência, concorrem a defrontarem-se com problemas inconvenientes, como por exemplo, depressão, alcoolismo, drogas etc.

Assim, em resumo, podemos garantir que força de vontade, complementada por disciplina e garra, serão decisivos. E deverá se tornar um hábito permanente pois continuará ajudando tanto na vida profissional quanto na pessoal.

Leitura recomendada: O Poder do Hábito – Charles Duhigg. 
Editora Objetiva

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